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12 novembro 2019

A Mochila dos Afetos

Era uma vez um homem que tinha o sonho de ser muito rico e fazia de tudo para ter muito dinheiro e tornar-se famoso. Não havia ninguém que não tivesse ouvido falar do seu egoísmo e ganância ou não conhecesse a sua vaidade e arrogância. A sua obsessão por acumular riquezas e obter lucro era tanta que nada nem ninguém tinha valor se não contribuísse para conseguir os seus objetivos e, por isso, não tinha amigos e toda a gente se afastava dele.

Um dia, decidiu ir à procura de um tesouro que ouvira dizer que estava enterrado numa montanha há muitos séculos e nunca ninguém fora capaz de o encontrar. Apesar de já ter dinheiro mais do que suficiente para um resto de vida regalada e tranquila, a sua vontade de ter mais e mais coisas e ser reconhecido como o maior milionário do mundo levou-o a encetar a nova aventura, transportando consigo apenas uma pá nas mãos e uma mochila às costas com roupa e dinheiro.

Durante semanas a fio, o homem fez buracos e mais buracos por toda a montanha à procura de algum cofre carregado de moedas de ouro, de um baú cheio de pedras preciosas ou, quem sabe, de uma arca abarrotada de joias raras. Apesar da sua determinação e persistência, não conseguia encontrar o dito cujo tesouro e apenas ia enchendo a sua mochila com pequenas coisas que considerava valiosas e com as quais poderia obter bom dinheiro.

Ziguezagueava desanimado e cansado pela montanha há muito tempo e nem disposição tinha para olhar para o céu ou para as belas paisagens, vergado que estava a olhar para o chão com o peso da sua mochila cheia de tudo e mais alguma coisa.

Um dia, decidiu descansar e sentou-se em cima de um rochedo. Como nem força tinha para tirar a mochila das costas, caiu para trás, não se dando conta que uns arbustos escondiam um precipício. Rapidamente, o peso da mochila puxou-o para o abismo e apenas teve tempo para se agarrar com uma mão a um ramo de uma pequena árvore que se encravara nas paredes do despenhadeiro e segurar coma outra a pesada mochila com quantas forças tinha.

Como a sua vida estava presa por um fio, gritou desesperadamente e o mais alto que conseguia por socorro. Sabia que não iria aguentar muito tempo naquela situação e quando já se preparava para desistir, ouviu a voz aflita de um rapaz que tinha ouvido o eco dos seus gritos. Berrava e bracejava para que o homem largasse a mochila e assim fosse mais fácil puxá-lo para cima, mas ele resistia e dizia que preferia morrer do que perder tudo quanto tinha. Passado um par de minutos, não aguentou mais e lá cedeu e, após muito esforço e tenacidade do rapaz, foi salvo.

O homem estava destroçado. Tudo quanto era importante para si tinha-se esfumado em poucos minutos, tudo quanto fora a razão de ser da sua existência tinha-se evaporado num instante, tudo quanto o fizera um homem realizado tinha-se evaporado em menos de nada.

O rapaz tentou consolar o homem e disse-lhe que o verdadeiramente importante era não ter morrido e que o que quer que estivesse dentro da sua mochila não valia nada diante do privilégio de continuar a viver. Depois, referiu que havia descoberto que as coisas mais valiosas da vida não eram coisas e que o essencial da existência humana não se conseguia ver com os olhos, nem meter dentro de uma mala ou de uma caixa, nem era possível perceber com a inteligência. 

Depois disse que as riquezas, os bens materiais, as dependências, a fama, o prestígio, o egoísmo, o orgulho, o passado e os problemas eram pesos desnecessários que afetavam negativamente a coluna da existência e a autêntica felicidade. Os amigos, a família, os sonhos, o conhecimento, a fé, a esperança e o amor não pesavam nada nem ocupavam espaço. Só fazia falta o que cabia no coração e apenas valia a pena transportar afetos na mochila da vida. 

O homem estava em lágrimas, mas feliz. Aquele jovem tinha-lhe salvo a vida e tinha-o ajudado a encontrar o verdadeiro tesouro: a amizade. Então, o homem mudou radicalmente a sua forma de ser e estar no mundo porque a vida tinha-lhe oferecido uma nova oportunidade. Como descobrira que a felicidade era amar e dar-se sem esperar nada em troca, começou a partilhar tudo quanto tinha e era com as outras pessoas. E quando lhe perguntavam por que andava sempre com uma mochila vazia às costas, ele sorria e dizia que era a Mochila dos Afetos.

Prof. Paulo Costa

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